segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O que me acontece quando me encontro só:
Eu viro pó, vou ali, volto e me dou um nó.
Sou nada, de cara inchada
Sou tudo, mantendo fachada.

sábado, 13 de julho de 2013

É comum encontrar pessoas postando discursos de autocontrole, frases positivas e promovendo a paz interior. Como se fosse um ato natural e simples, da mesma forma que beber quando se sente sede ou dormir quando com sono, não se abalar com situações inesperadas e que mexem com o emocional de cada um.
Instruções como contar até 10 (ou um bilhão), respirar fundo e ignorar, não se deixar sentir... Como mandar a sua consciência (ou coração) ignorar algo que por si só chama mais atenção na vida de alguém do que se fossem vistos o Elvis e o Michael Jackson tomando um café no centro da cidade?
É tudo muito lindo, parece muito simples quando se lê, pena que não se controla o que causa mal estar, o que magoa ou fere. É claro que um pilar está no íntimo, mas tem sempre outros pilares sustentados por outras pessoas. Uma ligação que decepciona, uma fofoca mal interpretada, e assim vai.
ou a porra do relógio.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Silêncio

Com este poema,
Minha decepção sobre o mundo.
Tiram de quem não tem,
Aqueles que ja tem tudo.

Cof, cof

Há uma venda em minha boca
[Ou em meus olhos?]
Falo e ninguém quer me ouvir
Ou vivo em meu próprio mundo?
De tanto tragar os egoísmos,
A paciência já me falta,
Como a um velho fumante
Os bons pulmões.

Se tiro a venda dos olhos?
Não. Prefiro meu mundo.

terça-feira, 9 de abril de 2013

...

Abre-se um buraco negro em mim
Vazio de tudo
Cheio de nada

Abre-se um buraco negro em mim
Que lhe puxa para perto
voce se desfaz

Abre-se um buraco negro em mim
Que me suga,
Me vira do avesso
E me cala

T antes de p e m?

Saudades de quando eu era imune ao meio.
No alto da escada
vivia em cheio.
Hoje como as metades
de pouco em pouco, mal feito. Deformo minha raça, meu som e meu cheiro.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

(menos o amor)

A partir de todos os pensamentos que existem ou existiram na vida de uma garota de 17 anos, esta percebe que apenas um foge a regra de seu pensamento: tudo se perde com o tempo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

não ria

É comer muito doce e não escovar o dente
É olhar para trás e só lembrar da chuva
Como chamar e ganhar,
Mas recusar o que ela sente.
Congelar a mão,
Mesmo usando uma luva.
No quintal, criar dragão
Ou uma pulga na blusa.
Esquecer dos correios,
Estradas e flores.

Mas lembre-se dela,
Um de seus amores,
Jogada no espaço,
Flutuando nas nuvens,
Deitada em seu peito,
Circulando em seu corpo.
Vazando nos olhos,
Pedindo perdão.